O incidente de S.Miguel
Segundo me disseram, há uns tempos atrás (e talvez ainda hoje), na ilha de São Miguel, contava-se uma história aos turistas que visitam a ilha sobre um facto ocorrido durante a 2ªGM, o qual entrou para o folclore local.
Reza a “lenda” (podemos assim denominar a história) que estando o General Eisenhower em viagem para a Grã-Bretanha, nas vé
O avião que tran
Convém referir que os Açores estavam, nesta altura, guarnecidos com um forte contingente militar, vindo do Continente. Um exercício de soberania, por assim dizer, da parte do Estado Novo.
Segundo consta, o piloto lançou apenas um foguete. Existe a hipótese de ter lançado os dois, tal como estava definido no protocolo, mas os vigias não avistaram o 2ºfoguete.
Esse facto desencadeou uma reacção imediata das defesas antiaéreas da ilha de S. Miguel, nomeadamente em Ponta Delgada. O avião, por pouco, não foi abatido, terminando abruptamente com a carreira de Eisenhower.
Mais tarde (provavelmente, na madrugada no dia seguinte), soube-se que a aeronave tinha aterrado numa ilha vizinha, que era amigável e quem eram os passageiros.
Existe um fundo de verdade nesta história, aparentemente, para turista consumir. De facto, ocorreu um incidente do género entre 1943-1945. Esse incidente foi testemunhado pelo meu avô, nessa altura integrado no contingente que guarnecia a ilha de S. Miguel, na arma anti-aérea. Ele sempre me contou este episódio como sendo dos poucos a realçar durante os 3 anos que permaneceu nos Açores (o outro foi um levantamento de rancho que, por pouco, teria implicado a transferência das unidades militares revoltadas para a ilha do Sal, em Cabo Verde). Se o avião em causa tran
O que ele pensa, e isso deve ser certo, é que os ocupantes do avião devem ter apanhado um grande susto!
E, assim, aquela noite ficou na memória de todos, tendo o folclore local ficado enriquecido com mais um pormenor pitoresco.