terça-feira, 12 de outubro de 2010
A propósito do estado da BD em Portugal
Ultimamente, devido ao facto de ter (mais) tempo disponível, uma das minhas distracções tem sido pôr em dia as leituras de BD, nomeadamente a pilha de revistas de BD da editora italiana Bonelli, editadas no Brasil, que vinha acumulando, ainda por ler.
Hoje em dia, tirando as revistas de (alguns) personagens da Marvel Comics, da DC Comics e a Turma da Mónica, restam disponíveis nos quiosques portugueses, vulgo bancas, numa base mensal, as revistas Bonelli figurando os personagens Mágico Vento, Julia Kendall, Zagor e, como o maior de todos, o Ranger do Texas de nome Tex Willer, vulgo Tex para os amigos, inimigos e aficionados em geral.
Que saudades do tempo em que nas bancas abundava a oferta de BD... Agora atravessamos o deserto. Sinais dos tempos, a Playstation, a XBOX e a Wii mataram as estrelas da BD. E com o fim da publicação das revistas de BD Disney pela Edimpresa (não contam para mim, as revistas que servem para impingir colares e varinhas de fada), o panorama ficou mais desolador, vivendo, actualmente, o mercado generalista apenas das importações made in Brasil, onde este meio ainda granjeia algum fulgor que por terras lusas está moribundo ou em vias disso. O que vai valendo ainda são alguns nichos dominados pelos comics norte-americanos e manga japonês e a editora ASA, embora explorando o mesmo filão mais que gasto da BD franco-belga, sem inovar. De resto, il n'ya plu! Ah, e é claro, as revistas Bonelli!
Fica um desenho meu inspirado na leitura das aventuras do Tex.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Uma pequena BD do Pato Donald
Há alguns anos atrás, andava com a mania de fazer banda desenhada com personagens da Disney, mais concretamente, do pato Donald e família. Ainda contactei a editora dinamarquesa Egmont, a maior a nível mundial neste ramo, para encetar uma eventual colaboração. Não deu em nada. Ficou esta estória, que produzi a título experimental, para recordar o facto.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Das Trincheiras com Saudade
Acabei de ler recentemente o livro com o título "Das Trincheiras com Saudade - A vida quotidiana dos militares portugueses na Primeira Guerra Mundial", de Isabel Marques. Na divulgação da história militar portuguesa, focada na Grande Guerra de 1914-18, este livro constitui uma pedrada no charco, focando -se nos aspectos psico-sociais da participação portuguesa na guerra das trincheiras: os homens, as suas vivências e experiências em terras estranhas, as condições de higiene e saúde, a religião, o moral das tropas, para além, obviamente, da referência à guerra em si, vivida pelo CEP (Corpo Expedicionário Português) durante 2 anos e picos nas planícies desoladas da Flandres, com destaque para a batalha de La Lys que ditou o fim do CEP enquanto corpo de exército autónomo, dentro do aparelho militar dos Aliados.
Apesar de certos detalhes que me desagradaram (algumas passagens de texto densas e algo repetitivas, algumas gralhas e erros de legendagem das fotografias), no geral, gostei de ler este livro que constitui-se como referência e ponto de partida para um estudo mais aprofundado deste período da história de Portugal, para quem estiver interessado. Contém, em apêndice, uma extensa bibliografia, essencialmente constituída pelas memórias escritas de ex-combatentes, que constatei não serem fáceis de encontrar hoje em dia, a não ser em alguns alfarrabistas e em algumas bibliotecas.
(*) a imagem que acompanha este texto foi "emprestada" pelo site WOOK.PT
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Adrian Mole - uma descoberta agradável
Acabei de ler, cortesia da biblioteca municipal, o Diário Secreto de Adrian Mole aos 13 anos e 3/4, de Sue Townsend.
Era um (dos) livro(s) cuja leitura, continuamente adiada, perseguia-me ou diria mesmo, me assombrava há anos, décadas mesmo. Bem, posso afirmar que valeu a pena esperar (podia era ter sido bem menos longa a espera) e deliciar-me com a leitura deste livro fascinante. Um retrato bem humorado, poético e patético da adolescência, vivida no inicio da década de 80 do século XX, no qual muitos "adolescentes" da minha geração se poderão rever numa ou noutra situação/episódio que vai marcando cada entrada do diário mantido por Adrian Mole, entre os 13 anos e 3/4 até, mais ou menos, ao dia que perfaz 15 anos.
Agora estou ansioso por ler os próximos tomos desta saga. A ver se não demoro décadas a fazê-lo.
Era um (dos) livro(s) cuja leitura, continuamente adiada, perseguia-me ou diria mesmo, me assombrava há anos, décadas mesmo. Bem, posso afirmar que valeu a pena esperar (podia era ter sido bem menos longa a espera) e deliciar-me com a leitura deste livro fascinante. Um retrato bem humorado, poético e patético da adolescência, vivida no inicio da década de 80 do século XX, no qual muitos "adolescentes" da minha geração se poderão rever numa ou noutra situação/episódio que vai marcando cada entrada do diário mantido por Adrian Mole, entre os 13 anos e 3/4 até, mais ou menos, ao dia que perfaz 15 anos.
Agora estou ansioso por ler os próximos tomos desta saga. A ver se não demoro décadas a fazê-lo.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O vento mudou e o desemprego acelerou...
Isto de andar a fazer promessas sem possibilidade de concretização, mais cedo ou mais tarde, daria em problema. Aonde param os 150 mil empregos prometidos pelo partido actualmente no Governo? Possivelmente, os portugueses agraciados com tal benesse, e que não foram arregimentados para um qualquer Instituto Público de âmbito duvidoso, fazem agora parte dos quadros do actual maior "empregador" deste país: a Segurança Social! Bravo, afinal a promessa terá sido cumprida, embora de uma forma pouco ortodoxa...
O desemprego, cujos números permanecem elevados, e com tendência a incrementar, vai estar para lavar e durar. Não hajam ilusões. O país está a mergulhar, cada vez mais fundo, na crise provocada pela economia do alecrim e da mangerona. Agora vão-se os anéis. A seguir, estão na calha os dedos. Preparemo-nos para o sacrifício pela Pátria.
Mas não percamos a esperança numa recuperação sustentada e vamos todos acender uma vela a Fátima para ajudar... Amén!
O desemprego, cujos números permanecem elevados, e com tendência a incrementar, vai estar para lavar e durar. Não hajam ilusões. O país está a mergulhar, cada vez mais fundo, na crise provocada pela economia do alecrim e da mangerona. Agora vão-se os anéis. A seguir, estão na calha os dedos. Preparemo-nos para o sacrifício pela Pátria.
Mas não percamos a esperança numa recuperação sustentada e vamos todos acender uma vela a Fátima para ajudar... Amén!
segunda-feira, 29 de março de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Futuro
Hoje acordei com a sensação que o futuro é um lugar estranho. Não será como o imaginávamos há uma década atrás.
Nem como os adivinhos, pitonisas e visionários de todos os tempos o idealizaram. É uma ilusão que pretendemos tangível e realizável. Mas não sejamos ingénuos. Quanto mais penso nisso mais acredito que o futuro, tirando o facto de, um dia e sem excepção, todos iremos morrer, é totalmente imprevisível. Apenas podemos aspirar a vislumbrar imagens desfocadas e fora de contexto do mesmo (a sensação do dejá vu, conhecem?). E isso deixa-nos livres para tomar o nosso destino nas nossas próprias mãos. Belo pensamento, não é verdade? Talvez não, para uma grande maioria silenciosa que continua a preferir que outrém delinie o caminho a ser percorrido. Sem contestar nem opinar acerca das opções tomadas, visto ser uma grande maçada. Pois é isso mesmo o nosso conceito actual de democracia: deixar que outros decidam por nós, sem que nos cansemos muito a opinar construtivamente e sem que ponhamos as mãos na massa, sendo o voto um mero formalismo para tal fim.
Isto tudo para dizer o quê? Ora essa, como é óbvio… nada! Que é o que fazem algumas dezenas de “vendedores de opinião” que escrevem coisas como estas, sem sentido, em jornais, revistas e blogues manhosos como este. Fica a pitonisa...
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Nem como os adivinhos, pitonisas e visionários de todos os tempos o idealizaram. É uma ilusão que pretendemos tangível e realizável. Mas não sejamos ingénuos. Quanto mais penso nisso mais acredito que o futuro, tirando o facto de, um dia e sem excepção, todos iremos morrer, é totalmente imprevisível. Apenas podemos aspirar a vislumbrar imagens desfocadas e fora de contexto do mesmo (a sensação do dejá vu, conhecem?). E isso deixa-nos livres para tomar o nosso destino nas nossas próprias mãos. Belo pensamento, não é verdade? Talvez não, para uma grande maioria silenciosa que continua a preferir que outrém delinie o caminho a ser percorrido. Sem contestar nem opinar acerca das opções tomadas, visto ser uma grande maçada. Pois é isso mesmo o nosso conceito actual de democracia: deixar que outros decidam por nós, sem que nos cansemos muito a opinar construtivamente e sem que ponhamos as mãos na massa, sendo o voto um mero formalismo para tal fim.
Isto tudo para dizer o quê? Ora essa, como é óbvio… nada! Que é o que fazem algumas dezenas de “vendedores de opinião” que escrevem coisas como estas, sem sentido, em jornais, revistas e blogues manhosos como este. Fica a pitonisa...
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
FW 200 Condor ao ataque
domingo, 31 de janeiro de 2010
Shoa - 65 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau
A propósito desta efeméride, ocorrida no inicio da semana, uma pequena nota:
por mais que se diga que o povo palestiniano tem sido vítima da prepotência de Israel,
uma coisa é certa: não é nem nunca será, jamais nunca, comparável ao Holocausto (ou Shoa, em hebraico), ocorrido durante a 2ªGuerra Mundial. Uma operação metódica e sistemática de extermínio em massa de judeus, ciganos e outras minorias desprezadas pelo regime Nazi. O grau mais elevado de desrespeito pela condição humana de que há memória. Não misturem alhos com bugalhos, por favor!
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